O que é a obesidade?

A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, o que pode levar a uma série de problemas de saúde graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade afeta cerca de 1,9 bilhão de adultos em todo o mundo e está se tornando cada vez mais comum em países desenvolvidos. Vale lembrar que essa condição é fator de risco para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) que veremos logo abaixo.

Como caracterizar

A obesidade é geralmente medida pela relação entre o peso e a altura, conhecida como índice de massa corporal (IMC). Um IMC de 30 ou mais é considerado obeso. No entanto, é importante lembrar que o IMC não é uma medida perfeita da gordura corporal, pois não leva em conta a massa muscular ou a distribuição de gordura no corpo.

Complicações

Os efeitos negativos da obesidade na saúde são amplos e incluem problemas cardíacos, diabetes, pressão arterial alta, aumento do risco de derrame, doenças respiratórias, certos tipos de câncer e problemas articulares. A obesidade também está associada a problemas psicológicos, como baixa autoestima e depressão.

Doenças cardíacas e derrames são uma das principais complicações da obesidade. O excesso de gordura no corpo aumenta o risco de doenças cardíacas, incluindo aterosclerose (placa de gordura nas artérias), hipertensão e insuficiência cardíaca. Além disso, a obesidade também aumenta o risco de derrame, devido ao aumento da pressão arterial, e também, da maior probabilidade de ocorrer um coágulo sanguíneo.

Diabetes

O diabetes também é uma complicação comum da obesidade. A obesidade pode causar resistência à insulina, o que significa que o corpo não consegue usar a insulina de maneira eficaz. Isso leva ao aumento dos níveis de açúcar no sangue e, eventualmente, à diabetes tipo 2. A obesidade também pode agravar o risco de desenvolver diabetes do tipo 1.

Problemas respiratórios

A obesidade também pode levar a problemas respiratórios, como asma e apneia do sono. O excesso de peso pode apertar as vias respiratórias e tornar a respiração mais difícil. A apneia do sono é uma condição na qual a pessoa para de respirar por breves períodos de tempo durante o sono, o que pode causar sonolência diurna e outros problemas de saúde.

Fatores de risco

Existem vários fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. Os principais incluem:

  • Dieta: Consumir uma dieta rica em alimentos calóricos e pobre em nutrientes é um dos principais fatores de risco para a obesidade. A ingestão excessiva de calorias em relação à quantidade de calorias que o corpo queima pode levar ao acúmulo de gordura no corpo.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade, pois o corpo não consome de forma otimizada as calorias provenientes da alimentação.  A OMS recomenda de 150 a 300 minutos de atividade física por semana, de moderada intensidade para o controle do peso.
  • Genética: A obesidade pode ser herdada. Se os pais ou outros parentes próximos são obesos, é mais provável que a pessoa também desenvolva a doença. A genética pode influenciar o metabolismo, a fome e a saciedade.
  • Estresse: O estresse pode levar a alterações no comportamento alimentar e pode aumentar a fome por alimentos ricos em gordura e açúcar. Isso pode contribuir para o acúmulo de gordura no corpo e levar à obesidade.
  • Medicamentos: Certos medicamentos, como corticosteroides, antipsicóticos e anticoncepcionais, podem aumentar o risco de obesidade.
  • Distúrbios alimentares: Pessoas com transtornos alimentares, como anorexia ou bulimia, podem desenvolver obesidade devido a mudanças no comportamento alimentar.
  • Falta de sono: A falta de sono pode afetar o equilíbrio hormonal do corpo e aumentar a fome, o que pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade.
  • Tabagismo: O tabagismo pode contribuir para a obesidade, pois os fumantes tendem a buscar novas fontes de “prazer” como alimentos hiperpalatáveis, para compensar a falta do cigarro.
  • Idade: O risco de obesidade aumenta com a idade, especialmente após a menopausa quando a baixa dos hormônios acarretado por este período tendem a aumentar o apetite nas mulheres.

Lembre-se

Esses fatores de risco estão correlacionados e podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. É importante notar que a obesidade é uma condição complexa e multifatorial, e pode ser causada por uma combinação de diferentes fatores. Procure ajuda de um profissional da saúde, como o médico e nutricionista para que você possa controlar o seu peso através das melhores condutas possíveis, um atendimento individualizado é de extrema importância para uma melhor aderência na mudança de hábitos.

Escolhendo a dieta

É importante lembrar que não existe uma dieta única considerada como a “melhor” para perda de peso, pois o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. No entanto, algumas dietas são consideradas eficazes para ajudar na perda de peso quando seguidas de forma adequada. Algumas das dietas mais populares e bem estudadas incluem:

  • Dieta de redução de calorias: A dieta de redução de calorias é a base de qualquer plano de perda de peso. Consiste em reduzir a ingestão calórica diária, geralmente através de uma combinação de alimentação saudável e exercícios físicos regulares.
  • Dieta mediterrânea: A dieta mediterrânea é rica em frutas, vegetais, nozes, peixe e azeite, e tem sido associada a uma série de benefícios para a saúde, incluindo a perda de peso.
  • Dieta DASH: A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é uma dieta equilibrada e baseada em alimentos, que inclui frutas, vegetais, cereais integrais, nozes, sementes e carne magra. Ela foi desenvolvida para ajudar a controlar a pressão arterial e tem sido associada a perda de peso.

Conclusão

É importante notar que é fundamental que a dieta escolhida seja adequada para cada indivíduo, levando em conta suas necessidades e objetivos. Além disso, é importante lembrar que a perda de peso saudável e duradoura envolve uma combinação de dieta equilibrada e exercícios regulares.

Referências

1 – Abeso. Mapa da obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/

2 – SAPS. Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/promocaosaude/excesso

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